quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O corpo e o sistema produtivo



    Na modernidade com o resgate da noção de corpo como máquina, gera o que Le Breton (2003 apud Suassuna 2005 p. 26) classifica como o despojamento do valor do corpo, este é encarado como um “invólucro mecânico” passível de separação entre corpo e subjetividade, corpo espírito, ou então essência e aparência.
    Dessa forma o corpo assume então uma face possível de ser quantificado, mensurado, educado para então se otimizado para a produção. O sistema capitalista em ascensão neste período, enxerga nestes conceitos a possibilidade de melhorar os lucros por meio do aumento da força do trabalhador. È neste momento que a ginástica assume um papel primordial na vida dos trabalhadores e das fábricas.
    “O corpo perde aí seus velhos encantos para um novo regime de imagens: aquelas que privilegiam as leis da física hidráulica, a lei dos líquidos e dos choques, a força do sopro do vento, o sistema das engrenagens ou das alavancas”. (Corbin 2008, p.08)
    Educar por meio da ginástica o corpo dos trabalhadores, aperfeiçoar o funcionamento das máquinas humanas que são os trabalhadores, dando-as uma boa “lubrificação” e “manutenção”, com a finalidade destes produzirem mais foi então a grande busca dos patrões nas fábricas

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